Daniel Dunglas Home

Há raízes profundas nos relacionamentos. Há certamente o que deve ser elaborado e adjunto ao momento presente, para fazer com que essas raízes sejam férteis, para que ao brotar resplandeça uma vertente bela e de solidez, como representante da natureza.

Caros amigos leitores é para nós outros satisfação indizível presenciarmos e vivenciarmos as situações onde a União Fraterna é a propulsora do emergir e do resplandecer das raízes em solo fértil, mostrando todo o seu esplendor e a sua beleza.

Quando vemos uma emanação da natureza, como as árvores frondosas, as flores, enfim… Quando vemos a exuberância da natureza não é comum nos lembrarmos de que há uma raiz e que – embora não apareça – é ela a razão da visão de esplendor que nos faz regozijar.

Meus queridos amigos leitores vamos aqui ter um momento de elucubração, vamos voltar o olhar para a essência de tudo, vamos voltar o olhar para o sublime que está em cada obra da natureza. Inclusive, vamos voltar o olhar para o nosso âmago, para o nosso Ser Íntimo e Único, que apenas nós somos capazes de vislumbrar. Cada um tem a premissa divina de alcançar o seu âmago com coerência e respeito, vivenciando a sua verdade.

Nós não temos a capacidade para vivenciar a verdade do outro, somos ávidos para a nossa verdade. É coerente essa situação, porque cada pessoa é um universo de razões e de emoções que lhes dizem respeito.

Não é possível penetrarmos nas razões e nos porquês que respaldam as escolhas e as decisões que são assumidas. Há certamente uma lógica, há paradigmas, há parâmetros que fazem com que direcionemos o nosso pensamento, a fim de formarmos opinião sobre determinada situação ou pessoa. Todavia, essa dinâmica que é usada para formarmos uma opinião não tem a profundidade das emoções e da razão que é peculiar a cada pessoa.

Assim, é importante que voltemos o nosso olhar ao Alto quando estivermos analisando uma situação, ou formando opinião sobre uma pessoa.

Para tanto, é razoável que nos coloquemos na posição do outro, deste modo teremos a nossa sensibilidade surpreendida e estaremos de algum modo, ao nos posicionarmos no íntimo da situação ou da pessoa, percebendo nuances que não eram por nós vivificadas. Contudo, ainda que estejamos com o coração e a mente plenos no intuito de entender o que se passa com o outro, não estaremos sendo fiéis às emoções que são próprias da outra pessoa.

Não é possível desembaraçar a vivência das pessoas, as emoções, as carências, os medos, os traumas, etc, etc, etc…

Há o Absoluto que é pertinente a cada um, este Absoluto é construído ao longo do tempo, aqui na Terra e quiçá em outras Esferas, em outros tempos que não somos capazes de captar sequer as filigranas que foram vivenciadas pela pessoa.

Diante do exposto, meus queridos amigos, vocês acham que é justo fazer-se julgamento sobre as atitudes, as queixas, as emoções e as escolhas das pessoas?

O julgamento, por mais que seja honesto, sincero, baseado em fatos e represente a vida do cotidiano de uma pessoa, ele não passa nem perto da verdade que totalmente pertence a cada um.

Muitas vezes até mesmo a própria pessoa tem dificuldade de entender o que se passa com ela.

O encontro com o Eu Absoluto, com o Divino que habita cada coração, só pode ser alcançado pela própria pessoa, mas para tanto é primordial que essa pessoa tenha predisposição para se aproximar do seu âmago, é importante que essa pessoa queira conhecer a si e através deste mergulho em sua essência, ela possa vislumbrar como está vivendo, se estão em consonância com o seu querer as suas escolhas, se o que lhe aflige é fruto de algo externo, ou se é o afastamento da sua Essência Divina que a torna fragilizada.

A introspecção é fator “sine qua non” para que o Sublime, a Essência Divina que habita o nosso coração resplandeça, uma vez que é comum diante das atribulações do cotidiano as pessoas se distanciarem do seu íntimo, e passarem a agir por conta do burburinho que toma conta do momento, levando-as à sensação de vazio interior, à depressão e a tantos outros males da alma em desalinho.

É urgente que as pessoas percebam o que acontece com elas e em seu entorno.

É urgente que a energia que é desperdiçada a todo o momento com ações e movimentos recalcitrantes, seja mais bem direcionada, ou com mais clareza seja focada de modo correto, porque no momento esta energia é desperdiçada.

Para que haja o equilíbrio e o reposicionamento das pessoas diante de si e dos que as cercam, há que se perceber a raiz da vida. A Essência Divina que está pronta para emergir e resplandecer em Luz, tornando as pessoas menos distantes de seu íntimo, essas raízes irão se fortalecer e surgirá um belo exemplar da natureza pródigo em bem-aventurança.

As raízes estão prontas, mas precisam ser regadas para que a sua força resplandeça.

É notória a necessidade de voltarmos o olhar para a nossa essência e assim superarmos o que não nos faz bem, através do conhecimento e assunção do nosso íntimo. Deste modo irá emergir a beleza do Ser.

Creiam, somos belos e podemos resplandecer como a natureza, afinal somos unos com a natureza que é Divina.

Vamos regar a nossa raiz com a força que move o universo e nos faz sublimes, que é a Força do Amor.

Vamos ter coragem para mudar o que não nos faz feliz, assim estaremos mudando a nossa vibração e nos conectando com as Esferas da Evolução e do Progresso.

Vamos buscar sintonias benfazejas para fortalecer o ambiente que gravitamos.

Vamos sim… Erguer a fronte e vislumbrar o belo que nos é oportunizado a todo o momento, mas que devido ao nosso distanciamento do âmago da Luz Divina que habita o nosso coração, não está sendo, por nós, atendido.

Vamos, meus queridos amigos, Amar, Amar, Amar e levar essa vibração de Luz e Amor onde quer que estejamos.

Abraços do amigo, D. D. Home.

Espírito: Daniel Dunglas Home

Médium: Cenira Pereira, em 28-10-2019.