Daniel Dunglas Home

É do conhecimento da maioria das pessoas essa sentença: “Tudo Passa”.

Colocamos todo o nosso querer em concordância com ela quando o que estamos vivendo não nos é bem-vindo.  Assim, ela serve como alicerce de esperança para o porvir de dias melhores, de ocasiões menos danosas do nosso Ser. Também aditivamos a ela o vislumbre de novos horizontes que nos acalentam o coração quando vivemos momentos difíceis e de dor.

Fica bem para o nosso entendimento acreditar que “tudo passa”, quando desejamos não mais estar passando pelo degredo que estiver se abatendo sobre nós.

Todavia, quando estamos passando por momentos de regozijo, de bem-estar; quando estamos usufruindo das benesses de uma vida em plenitude de prazer e alegria, ter a mente voltada para o desfecho dessas condições favoráveis não nos é cordial ou de fácil aceitação. Temos a sensação de perda e de preocupação a nos afetar. Parece que estamos sendo negativos e que não devemos crer que o momento de satisfação aprazível irá ter um tempo de duração, porque, afinal: Tudo passa.

O entendimento das questões cotidianas, o aprendizado e a aquisição de conhecimentos que embasem o nosso viver, nos predispõe a ter mais compreensão do caminhar. Ainda que estejamos em sintonias benfazejas e tenhamos aptidão para lograrmos a comunhão com Esferas de Luz e Amor; ainda que tenhamos a predisposição para a evolução espiritual, colocando em prática os Ensinamentos Evangélicos, é difícil conviver com as sensações de perda e de abandono.

Muito se aprende através dos livros, das conversas evoluídas, das palestras edificantes e, até mesmo, do convívio com as pessoas; tudo isso nos traz maturidade e elementos para fazermos análises coerentes no decorrer de nossa vida, respaldando decisões e escolhas. A vida é feita de decisões e escolhas.

Essa dinâmica do caminhar, os tropeços, os erros, os acertos, os imprevistos, enfim… Assim é a dinâmica da vida, do viver.

A harmonia, o equilíbrio e o discernimento são a base para que consigamos caminhar com menos percalços, com menos ansiedade, sem que sejamos dominados pela competição avassaladora e pela valorização exacerbada dos bens materiais.

Para que consigamos viver e estar em paz conosco, com o viver cotidiano, há que se ter interação com o Divino diariamente através da oração e da meditação, o alicerce para caminhar em segurança está na disciplina do “modus vivendi”, não que sejamos teóricos ou pragmáticos, mas, que tenhamos atenção ao que nos envolve e ao que envolvemos.

A primazia do bom viver é adequada ao nosso proceder.

Se sentirmos que há tranquilidade, que o amor é o nosso interesse maior e o aditivarmos em todas as nossas escolhas, estaremos no bom caminho.

Esse proceder ilibado nos fortalecerá, e quando houver a preocupação, a sensação de possíveis perdas que nos façam sofrer, teremos a certeza de que, ainda assim, estaremos bem.

Porque “tudo passa”, mas a interação com o Divino nos coloca em patamar que não haverá mais perdas ou ganhos. A vida é bela em todas as suas nuances, e esses altos e baixos são inerentes ao bom viver.

Desse modo, queridos amigos, sigamos fronte erguida, mente em harmonia, coração em paz e a certeza de que o caminhar é sempre para nos levar ao Encontro da Bem-aventurança.  

 Abraços do amigo, D. D. Home.

Espírito: Daniel Dunglas Home.

Médium: Cenira Pereira, em 23-06-2020.