As amarras
Donde começas a libertar-se?
Tendes para várias respostas, algumas sem que tenhas feito uma análise mais aprimorada e considerando o que é para ti a verdadeira liberdade.
Outros pensam em liberdade material como sendo a condição “sine qua non” para se sentirem livres.
Ainda há os que não conseguem equacionar uma resposta para a tal sentença que deu início a essa nossa conversa.
Porém, agora vos peço uma pausa. Sim, parem, respirem profunda e calmamente.
Depois dessa pausa vamos pedir-te que reflitas sobre o que é para ti “a liberdade”. Não o faças considerando a liberdade exterior, pois essa é fugaz, faça essa reflexão considerando o teu íntimo. Aquiete a mente e sinta os teus sentimentos, o que te move ou te paralisa; o que te enternece ou aborrece. Esse podemos considerar que é o teu íntimo, aquilo que só tu podes mensurar e aquilatar.
De posse desse mergulho na tua essência, agora sim, penses na “liberdade”.
Essa resposta é única, para cada pessoa há um sentido diferente, porque liberdade não tem conceituação radical e absolutista. A liberdade é uma emoção, um sentimento que só é possível ser sentido ou alcançado de modo intrínseco. O que é liberdade para uns pode ser considerado aprisionamento para outros.
A relevância da liberdade está, principalmente, na aquiescência do teu íntimo, a certeza do que te faz bem ou do que não é bom para ti.
A liberdade é um estado de espírito, de encontro com o teu âmago. Quando o Ser está pleno com o seu “modus vivendi”, quando tem a percepção do que o cerca, seja a âmbito material ou a âmbito afetivo, ele tem condição de analisar e de interceder a seu favor nas injunções que a vida lhe apresenta.
Desse modo, cônscio de seu querer, cônscio de que a vida não é uma panaceia, e que depende dele o rumo que orientará a sua vivência, a sua interação com as pessoas e com o que lhe advir, poderá ter bons resultados e não se atar às amarras. O que afasta a sensação de liberdade é, em grande parte, a inoperância diante da vida.
Aqueles que se colocam em atitude de interagir com a vida, sem se deixar abater pelos abrolhos que surjam em seu caminho, mas que com equilíbrio e de maneira harmonizada e sensata ajam para que não fiquem presos, estarão certamente a conquistar a sua liberdade.
Assim, desse modo, quero que percebas como estás agindo em relação ao que poderia ser amarras em teu caminho. Com calma e sob a égide do bom senso percebas as situações que te fazem se sentir preso, sejas ativo e não permitas que elas se tornem amarras que te impeçam de ser livre, liberto. Pois que, a liberdade, o sentir-se liberto traz alvissareiras condições para que construas com plenitude o bom-viver.
Abraços do amigo, D. D. Home.
Espírito: Daniel Dunglas Home.
Por: Cenira Pereira, em 16-07-2020.
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