As romarias
A Santa Madre Igreja tinha rotineiramente romarias. Eram momentos de contentamento, de divulgação dos postulados da Bíblia e também de congraçamento entre os fiéis.
Com o passar do tempo essa prática foi diminuindo, hoje quase não há romarias, as que continuam têm uma retórica atualizada às condições vigentes do lugar onde acontecem. Na atualidade a violência urbana fez de eventos de paz e confraternização, momento de tensão e preocupação com a segurança das pessoas.
Outrora os eventos religiosos eram bem recebidos e as pessoas se mobilizavam para que fosse uma festa de confraternização e de inclusão dos fiéis. Além das práticas festivas havia a conotação de se angariar recursos para as obras sociais e para a manutenção dos Templos Religiosos.
Essa atmosfera de União Fraterna trazia prazer e aumentava os seguidores da Igreja. Entretanto, com o passar do tempo houve uma percepção de que, embora as festas fossem bem aceitas, os fiéis tinham carência de uma interação menos teórica e mais próxima da realidade que as famílias viviam em seus lares. Muitos eram felizes e as famílias tinham a honradez de respeito e afeto mútuo. Porém, os que não tinham família em harmonia, os que tinham sérios problemas domésticos, os que viviam, inclusive, a violência em suas casas, não tinham a compreensão que lhes facultasse a dissolução dos casamentos que eram verdadeiros caudilhos, principalmente para as mulheres, que tinham que se submeter aos desatinos de maridos que não as respeitavam nem como esposa e nem como Ser humano que merece o mínimo de consideração e estima.
Assim, diante de problemas que foram se revelando com o passar dos anos, quando as pessoas já não se submetiam a rituais dogmáticos com tanta assiduidade e foram tendo a noção das incongruências que havia em suas vidas, houve questionamentos e a insatisfação trouxe uma nova visão sobre os rituais ricos em beleza exterior, mas vazios em aceitação e compreensão das questões pessoais e familiares.
Até hoje, ano 2020, há contrassenso em diversas situações que a Igreja não quer ver, mas que existem e se mostram cada vez mais recrudescentes no cotidiano.
Há que se ter mais atenção à essência e abrigar os que precisam de amparo em qualquer situação, ainda que não estejam nos padrões ditos “normais” pela Igreja Católica.
Há que se amar, amar, amar e nada mais.
Abraços dos amigos D. D. Home e Scheila Lopes.
Espíritos: Daniel Dunglas Home e Scheila Lopes.
Por: Cenira Pereira, em 15-09-2020.
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