A caridade

Para algumas pessoas, principalmente as que não são afetas a ter compaixão, que não são afetas a ter o olhar – ainda que em poucos minutos – para perceber o que se passa com os que são seus semelhantes aos olhos de Deus, a caridade é apenas um vocábulo que as remete à piedade, à esmola, ou a coisa parecida. Contudo, há certa arrogância e vaidade quando essas pessoas se dispõem a prestar o que elas julgam ser “fazer caridade”, porque para a sociedade os que dão esmolas e manifestam piedade pelos necessitados são pessoas de bom alvitre.

Meus queridos leitores… que lástima! Isso não é caridade, é ação, é atitude de soberba e de prepotência, de total afastamento da índole que é compassiva e afetuosa, índole que vê no seu semelhante um irmão.

A caridade é a possibilidade de exercermos a compaixão, de nos sentirmos unos, uns com os outros, de irmanarmo-nos em prol do bem-maior.

Certamente há questões que são por falta de recursos materiais penalizando as pessoas, levando famílias à penúria, famílias que sofrem pela carência de suprimentos para a alimentação e para atender as suas necessidades básicas. Essas pessoas precisam de amparo material. Porém, além do atendimento aos quesitos materiais, há substancial carência afetiva, dor indizível que as maltratam levando à depressão e à sensação de menos-valia. Esses, nossos irmãos, são carentes de gestos humanitários e não de esmolas.

A falta do necessário, para a sobrevivência, referente às questões materiais têm que ser supridas, mas com irmandade, com respeito, com afeto. Assim, poderemos ajudar sem que as pessoas sintam-se abandonadas, sem que seus corações, já tão sofridos, tenham que amargurar mais um desprezo, que a indiferença traz de modo tão cruel.   

Meus queridos amigos leitores há que se ter compaixão, há que se pensar e sentir o irmão em situação de carência quer seja carência material ou carência emocional.

Tantos irmãos têm fartura em suas casas, não lhes falta nada material, mas são carentes emocionais, carentes de atenção, de amizade, de afeto e de amor. Aí também a compaixão tem lugar importante para suprir esses corações tão sofredores, através da caridade compassiva, através do Amor Incondicional se exerce o mais puro e digno atributo Divino, a caridade.

A caridade está envolta em sublimes feições, a caridade brota do coração que é irmanado com o seu semelhante, a caridade é o Amor Incondicional reluzindo e apaziguando sofrimentos que são amenizados ou, até mesmo, superados por gestos de sublime compaixão e estima Divina.

Sim, aqui temos mais uma vez a conscientização de que a base para os gestos irmanados com as Esferas de Luz e Amor é viver e vivenciar o Amor Incondicional.

Sejamos livres libertos, vamos amar, amar, amar incondicionalmente.

Abraços do amigo, D. D. Home.

Espírito: Daniel Dunglas Home.

Por: Cenira Pereira, em 20-08-2020.

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