A compaixão

É voz corrente nos Centros Espíritas que só a caridade nos coloca em padrão de sublime sintonia com o que é preconizado no Evangelho Segundo o Espiritismo.

Sim, a caridade é o amor em ação. Mas, há gestos que se assemelham com a ação caritativa, embora não tenham a essência de sublimação se refletem positivamente em nosso proceder.

A caridade plena em sua essência sublime está associada ao impulso de compaixão, que é a União Fraterna na qual o Ser se sente uno com o seu semelhante, quando não há distância ou fatores que fazem com que as pessoas não se assemelhem ao irmão de jornada. A caridade é conexa e interligada e tem a compaixão como o impulso para a ação caritativa.

Temos ações caritativas que são impulsionadas pelo intelecto que não estão imbuídas de sentimentos intrínsecos ao que se passa com o irmão de jornada em termos de afetividade e consciência das dores da alma.

Há caridade que é praticada sem que haja comprometimento do seu resultado ou com o que acomete os carentes de ajuda, ela é apenas uma ação que é seguida e praticada por razões de cunho social onde o proceder é bem aceito e a pessoa considera que é de bom alvitre ter uma imagem de pessoa que não é indiferente à dor alheia. Nesse caso o que for oferecido em benefício do próximo será bem vindo e certamente será útil para os que necessitam de ajuda. Todavia, haverá um distanciamento relativo à afetividade e a União Fraterna será superficial, distante dos enlaces de sublimação.

Certamente, aqui estamos diante de um paradoxo. Porque só fazemos o que está concernente ao nosso grau evolutivo, percebe-se claramente que, embora haja uma ação positiva, o entendimento da pessoa está longe do Amor Incondicional. A ação é materializada por interesses pessoais e sociais.

Há mérito em tal proceder? Sim, esse proceder leva ajuda aos necessitados, e também pode contribuir para despertar uma consciência mais interativa, o que possibilitará a revisão do ato em si.

Nesses casos há possibilidade de a pessoa ser beneficiada com o despertar para uma visão de que há sentimentos e afetos que não passam pela valoração de cunho material ou de interesse pessoal, por haver o vislumbre de uma emoção que irá despertar a compaixão, e assim a caridade terá o Amor Incondicional pleno, a caridade terá União Fraterna.

Todo ato em prol do bem-querer traz benefícios, às vezes por caminhos tortuosos, mas certamente o final será sempre positivo.

Vamos trilhar o caminho do bem-querer, vamos ser otimistas e acreditar que o sublime alcançado e o Amor Incondicional nos libertarão para o encontro com o Divino.

Abraços dos amigos, D. D. Home e Ir. Carm. Scheila Lopes.

Espíritos: Daniel Dunglas Home e Irmãs Carmelitas Scheila Lopes e Maria Emília Soares

Por: Cenira Pereira em 29-11-2021.

NOTA: Mensagem recebida no Grupo de Psicografia D. D. Home, da Casa de Padre Pio, em reunião online, dia 29-11-2021. Médium: Cenira Pereira.

 

 

 

 

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