Atributos ao momento da quarentena (parte VI)
Continuando o nosso manifesto sobre a quarentena imposta pela grave enfermidade que ameaça as pessoas, hoje teremos o testemunho da Irmã Laura.
A querida Irmã Carmelita Laura foi enfermeira em hospital parisiense que recebia pacientes acometidos por pestes contagiosas, que à época não tinham a menor chance de aprofundamentos relativos a condutas terapêuticas, por serem distantes da realidade, das providências e dos procedimentos de estudos mais detalhados.
“Não éramos contempladas com laboratórios, com equipamentos médicos e nem mesmo com antissépticos, desse modo a contaminação era avassaladora.
Mas… Tínhamos fé inabalável, tínhamos confiança umas nas outras e no conjunto de profissionais e voluntários que se dispunham a interceder para a recuperação dos que estavam contaminados.
Era época de grande desafio. Nós, Irmãs Carmelitas, éramos preparadas para enfrentar as dificuldades não só do atendimento aos pacientes, mas também para dar apoio aos familiares. Esse apoio era pleno, tínhamos contato pessoal com as famílias para orientá-las e confortá-las, além disso, dispúnhamos de recursos financeiros para suprir as suas carências materiais.
A fé nos movia. Através da caridade aos desassistidos e aos doentes sentíamo-nos fortalecidas para dar continuidade à empreitada.
Não havia meios de comunicação e nem divulgação jornalística dos acontecimentos em tempo real, quando surgia algo já havia passado período extenso, e não tínhamos recursos para interagir com a população de modo mais efetivo, levando educação e conscientização dos cuidados que deveriam ter para que as pestes não tivessem uma disseminação tão catastrófica.
Hoje a humanidade dispõe de recursos tecnológicos, farmacêuticos, laboratoriais e de interação rápida e precisa com as populações. Hoje há facilidades e possibilidades de abrangência inimaginável para que sejam aplacadas as doenças e as contaminações perigosas.
Quando volvemos o olhar para o tempo em que as pestes dizimavam cidades quase que em sua totalidade, e, não tínhamos entendimento do que acometia as pessoas e nem dispúnhamos de recursos para lidar com a situação; creio que havia algo maior que dominava esses acontecimentos.
Não somos capazes de aquilatar o que se passa nesses momentos de extrema dor para a humanidade.
Na atualidade com todos os recursos que são dispostos, não é possível aplacar um vírus, que é até considerado de pouca agressividade, haja vista que é sensível a sabão e ao álcool 70.
Contudo vem ceifando vidas e mais vidas em todo o planeta, não há previsão de cura e nem de controle eficaz da moléstia.
Meus irmãos fraternos há que se pensar sobre tudo isso que está acontecendo. Por quê? Para que?
Certamente há indícios de que em pouco tempo mudanças significativas aconteceram, países ricos que se consideram fortes e poderosos tiveram vítimas aos milhares, países pobres com poucos recursos do mesmo modo foram atingidos pela moléstia. Houve uma equalização entre os povos, de modo firme, porém com sutilezas para serem percebidas e aquilatadas. Pode-se adquirir aprendizado de valia com estas análises.
A natureza não sofreu dano, pelo contrário, se mostra livre e bela. A sua força e soberania enternece a todos.
Irmãos a hora é essa, é agora. Vamos nos unir dar as mãos, olhar com atenção o que está acontecendo e fazer a análise das possibilidades de aprendizado que o momento quer nos ensinar.
Sejamos corajosos com ternura, para que consigamos sobrepujar esse período e alavancar crescimento espiritual, alavancar atos de fraternidade, sermos mais compassivos, enfim… Vamos amar, amar, amar…”
Fiquem bem!
Vai passar.
Irmã Laura por D. D. Home.
Espíritos: Irmã Carmelita Laura e Daniel Dunglas Home.
Médium: Cenira Pereira, em 31-05-2020.
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