Daniel Dunglas Home

Os dias passam e as pessoas ainda não conseguem ter um tempo exclusivo para introspecção. Grande número de amigos encarnados procura orientação em Templos, em Centros Espíritas, enfim, buscam alento para as suas dores físicas e para as dores da alma.

Todavia, ainda que seja procedente essa busca, podemos observar que há os que já vislumbram o poder da introspecção, já sentem a necessidade de ficar a sós e arguir o que se passa em seu coração.

Na medida em que as pessoas vão se instruindo, vão dilatando a percepção para a vida com o olhar compassivo, têm a visão de um mundo onde o que mais vale é a paz e a harmonia interior. Porém, há os que são cultos em aspectos religiosos e espirituais, mas não vislumbram as entrelinhas de seu aprendizado, absorvem a teoria e as injunções dogmáticas, discutem sobre as liturgias sem se aperceberem o quanto estão afastados da essência dos escritos espiritualistas, o quanto vivem sem o olhar irmanado com as Esferas de Luz.

Todo esse preâmbulo é para dizer-vos que as instruções teóricas são importantes para que as pessoas tenham elementos para embasar a sua crítica, para que ela possa transitar por elementos diferentes, por interpretações várias e de posse desses conhecimentos traçar a sua diretriz, traçar o que melhor condiz com o seu querer, com as suas aspirações, com a sua personalidade.

A cultura, a instrução e todo modo de esclarecimento ou conhecimento, seja por qualquer assunto, tem como objetivo elucidar e abranger os horizontes que a vida nos mostra.

Absurda é a dogmatização dos conhecimentos, a imposição de pensamentos e de condutas, sem que haja a liberdade para a pessoa posicionar-se diante dos padrões ditos ”normais”, ditos “perfeitos” e que obrigam as pessoas a esquecerem a sua essência, os seus pendores, obrigam as pessoas a abrir mão de suas escolhas, tolhendo a personalidade e aprisionando a essência pessoal.

Não há colateralidade, há sim: liberdade, livre arbítrio, confiança, caminhos a serem descobertos, beleza nos postulados de Jesus que nos mostra o caminho para o Bem-maior, para a União Fraterna, onde cada pessoa tem o seu espaço e o direito de escolha.

Somos aprendizes e não encarcerados. Desse modo vamos viver o amor incondicional, vamos amar, amar, amar e nada mais.

Abraços do amigo D. D. Home e da Carmelita Scheila Lopes.

Espíritos: Daniel Dunglas Home e Carmelita Scheila Lopes.

Por: Cenira Pereira, em 24-09-2020.