Colóquio

O Amor em sua plenitude é o que traz a Força que impulsiona as atitudes de cunho afeito com o bem-querer.

A calma que abriga os corações em momentos de fraternidade e de comunhão com o Divino é a emanação dos eflúvios advindos das Esferas que são conectadas como bem-maior.

É para nós outros motivo de alegria e regozijo estarmos em labor mediúnico quando há sintonias benfazejas em atmosfera de encontro com o Divino. Sim, digo sintonia de encontro com o Divino, porque quando laboram em sintonia benfazeja os médiuns, e certamente podemos incluir aqui os que não têm a faculdade mediúnica desenvolvida, mas também laboram em conexão com a espiritualidade em consonância com o divino, já há a emanação de eflúvios e de estratégias para a execução do trabalho, muito antes do início do trabalho propriamente dito.

O envolvimento do trabalhador da Seara de Luz é primordial para o bom êxito do trabalho. As conexões com o bem-maior devem ser diuturnas.

É óbvio que somos cônscios das dificuldades que são enfrentadas pelo trabalhador em diversos níveis, quer sejam materiais ou conscienciais.

A abrangência das conexões dos que estão com propósito irretocável com relação à sua introspecção e total afinidade com o labor, é de todo modo dinamizado para o empenho laboral, e também para o aprimoramento do trabalhador. Fica aqui claro que: O trabalhador é assistido, e posto em posição de atenção para os que através dele entram em contato com as Esferas menos sutis. Nesses casos saliento que para nós outros as comunicações mediúnicas são também labor que requerem atenção, disciplina e persistência. O labor espírita tem implicações e tem introjeção no âmago do Ser.

Quando um médium se dispõe a exercer tal tarefa em prol do bem-maior, aí já faz enlaces e entrelaces com atmosferas de grandeza e de sublimidade.

As conexões quando são bem sucedidas atraem para o seu entorno o envolvimento de espíritos encarnados e desencarnados, que estão carentes de ajuda.  Ajuda essa que não tem a possibilidade de ser encontrada nas Esferas Materiais ou de consciência lógica perante a realidade, ou no meio que gravitam.

A importância das conexões está diretamente afeita ao entrosamento do médium com as Esferas Sutis, o que para tanto se faz primordial que o encarnado tenha moral ilibada, e que perceba com clareza a magnânima força que é acionada para o decorrer do labor ao qual está afeito.

É para nós outros difícil descrever o ato que é colocado em ação tendo como união as Esferas propulsoras das conexões sutis, e as Esferas que atuam próximas aos encarnados.

Há dínamos que conseguem captar essas energias sutis, todavia não é salutar colocá-los em parâmetros de aquilatar energias que o Homem ainda não é capaz de ter como parte de seu conhecimento intelectual. As Esferas sutis têm penetração nas ações e resoluções do cotidiano, é através delas e por elas que produzimos e nos envolvemos em contextos cotidianos, ou em contextos que sem percebermos estão nos direcionando para caminhos que se se fazem necessários ao nosso desenvolvimento espiritual.

Muitos textos são escritos, muitas palestras prodigalizadas, muitas intuições colocadas em sintonia. Todavia os encarnados não têm a atenção voltada para o Divino de modo natural, eles procuram o Divino de modo estranho à realidade que é colocada em nuances para chamar a sua atenção para novos caminhos. Há momentos em que é por nós, primordial colocarmos os amigos encarnados em situações até desconfortáveis, para chamar a sua atenção para o vislumbre de novos caminhos.

Não podemos interferir no livre-arbítrio, mas podemos de posse das Emanações de Luz que são comuns aos encarnados que têm como premissa a sua evolução espiritual, ter a possibilidade de intuí-los.

Todos são ajudados a exercer boas escolhas, porém nem todos aceitam ou consideram que há Esferas sutis em conexão com a sua Esfera tão carente de vibrações e de eflúvios que atuam na prosperidade do Planeta Terra.

Fala-se tanto de violência social, todavia a introspecção para a avaliação da violência pessoal é ainda tabu na Terra.

Os filhos choram o vazio que há nos seus corações, e os pais procuram na sociedade a solução para as suas questões pessoais, esse é o desencontro que é vivido na Terra nesse momento.

A união sábia entre as pessoas passa pelo encontro de cada um com o seu íntimo. Com a aquiescência das verdades que existem no seu coração, e com a aquiescência das questões mal resolvidas que entorpecem a sua mente.

O mundo precisa desconectar o óbvio, o material, o calculável. E, conectar o íntimo do Ser, perceber o que há em sua mais nobre e bela interação com o Divino.

Na atualidade já percebemos nuances de insatisfação com o entrosamento entre o Ser propriamente dito e a sua relação com o social. Porém, falta coragem para a ação em prol da mudança, que não será feita por atos coletivos, mas sim em caráter pessoal.

Veem-se os problemas e discutem-se as soluções de modo externo, e sem o comprometimento pessoal, as discussões e as análises são sempre de cunho social, nunca de cunho pessoal, nunca ver a si, mas querem constantemente perceber o que se passa na vida do outro; sem saber que “o outro”, como ele, também está desconexo do seu íntimo e tem premissa necessidade de abrir-se para o encontro com as Esferas que o levarão à paz tão almejada.

Quiçá um dia, que não seja remoto, o Homem irá perceber a si, e perceber que a União Fraterna o deslocará da insatisfação interior que vive, para a plenitude de emanação de paz e amor. Isso, porém, requer coragem para encarar os seus erros, as suas dores e as suas carências. Desse modo ele se tornará forte, resoluto, erguerá as mãos aos céus e dirá a uma só voz: Senhor, aqui estou, quero-te em toda a tua plenitude e desejo tê-lo comigo todos os dias da minha vida!

Abraços do amigo, D. D. Home e Maria Emília Soares.

Espíritos: Daniel Dunglas Home e Maria Emília Soares

Médium: Cenira Pereira, em 15-10-2019.

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