Confiança

O cotidiano é repleto de ensinamentos. Temos diuturnamente a convivência com os que de nós se acercam. Podemos deixar claro aqui que não estamos fazendo apologia das relações familiares, ou de relações que tenham vínculo com a parentela.

Estamos aqui discorrendo sobre as relações que se apresentam em nosso caminhar independente de qualquer vínculo, relações que são cotidianas, que estão ao nosso redor sem que para tanto haja a obrigação de termos um relacionamento ou uma aproximação, são pessoas que de um modo geral não fazem parte de nosso entusiasmo, não fazem parte das obrigações sociais impostas, são pessoas com as quais temos breve encontro, ou encontros cotidianos, mas que não fazem diferença no nosso interesse pela ascensão material ou afetiva. Podemos dizer que não há “obrigação” em nos relacionarmos com elas.

Pois bem, essas são as pessoas que mostram o nosso grau de indiferença com relação ao próximo, essas pessoas que praticamente não são vistas por nós, fazem parte do nosso caminhar, fazem parte do contexto onde estamos inseridos, porém não comprometem as nossas escolhas, não são significativas na trajetória de ambição e elevação pessoal.

As pessoas que nos atendem, que prestam serviços subalternos, que estão em constante ação em atitudes para servir, são as que nos mostram o nosso grau de humanidade e comprometimento com os Ensinos Evangélicos.

É sobremaneira vulgar e coloquial a preocupação de muitos em cumprir rituais que não fazem parte de seu íntimo, mas que atendem às aparências, que são colocadas como primazia diante de uma sociedade que, embora se diga espiritualizada, não é capaz de olhar com amor ou gratidão para um subalterno, jamais irá despender tempo com alguém que não faz parte de seus interesses. Porém se for para ter aplausos e reconhecimentos na ribalta são capazes de gestos de compaixão e amorosidade.

Cumprem regras e dogmas sem que haja o real comprometimento com os que delas se acercam.

É importante que as pessoas sejam honestas consigo e com o que elas creem como verdadeiro.

Amar o próximo não quer dizer cumprir regras ou se sentir culpado por não estarem dentro dos padrões ditos “normais”, padrões impostos, muitas vezes por uma sociedade medíocre e sem amor sincero uns pelos outros.

O que vale é o verdadeiro Amor, é a essência sublime, é o desejo de ser uno e verdadeiro com as Esferas de Luz e Amor.

No momento o olhar para si, sem comprometimento com o ego doente, faz verdadeiros milagres em relação ao convívio entre as pessoas.

Temos que admitir que haja uma diferença grande entre cumprir regras e ser autêntico.

Não cabe julgamentos ou a desfaçatez de cobrar esse ou aquele posicionamento de quem quer que seja.

Aquele que julga é na sua essência uma pessoa que não é capaz de viver a compaixão, não é capaz de aquilatar ou ensejar o que se passa no coração de um irmão de caminhada.

Os severos são em sua essência pessoas que não têm amabilidade e nem entrosamento com os irmãos de caminhada. Cobram e querem que todos se submetam aos seus ditames. Desse modo não agregam amigos pelo afeto, mas sim pelo interesse pessoal.

 A benevolência, a compaixão e o modo de viver sem as amarras do ego estão em consonância com as Esferas que percebem o que se passa no íntimo de cada pessoa. Respeitam e têm a intenção precípua de ajudar a todos indistintamente, olhando para cada pessoa com o Amor que todos merecem.

Abraços do amigo, D.D. Home e Maria Emília Soares. 

Espíritos: Daniel Dunglas Home e Maria Emília Soares.

Médium: Cenira Pereira, em 01-04-2019.

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