Coronavírus

Muito se repete a definição do mal que acomete a Terra. É um vírus, estudos são aprimorados no mundo todo. Cientistas pesquisam. Médicos buscam fármacos para a doença em si. As equipes médicas estão a desempenhar suas funções em prol de apaziguar os efeitos da contaminação pelo tal vírus.

Em pleno momento de dor pelo perigo da contaminação e pelo desespero dos que estão contaminados, encontramos os familiares, os entes queridos, amigos e pessoas que de algum modo convivem diretamente com os enfermos pela doença. Ainda, pesarosas famílias sofrem pela perda de seus entes queridos. Sim, muita dor, muito sofrimento, palpitações e insegurança, é o que estão a viver a grande maioria dos que convivem na Terra.

Afora todo o exposto nos parágrafos anteriores há o desajuste financeiro, por conta do afastamento social muitas empresas não têm como manterem-se, arcarem com os seus custos.

O comércio com as portas fechadas clama por ajuda governamental. Vários trabalhadores veem-se à deriva, sem saber o que irá ser projetado em suas vidas caso percam os empregos,

Essa é a parte que é preciso que seja analisada e ponderada, é possível que seja amenizada com a interferência do governo, das ações sociais, do voluntariado em prol do bem.

Porém, há outra parte que é afeta a cada um, refiro-me às questões intrínsecas, às questões de foro íntimo. Essas questões particulares já devem ter sido percebidas por muitos, quando olham em seu redor e não encontram contextos que, ao menos, possam parecer semelhantes. Aqui estamos discorrendo sobre os relacionamentos familiares, que ficaram praticamente em situação de obrigatoriedade, uma vez que a quarentena impôs que as pessoas ficassem em casa.

Independentemente de qualquer questionamento em nível externo, os lares, as famílias tiveram preponderante influência em todas as nuances da pandemia.

A intimidade domiciliar ficou exposta, principalmente para o íntimo de cada um. O estar em casa, conviver com os familiares, pode ter sido o grande aprendizado desse momento.

O convívio com os filhos também ficou mais evidente, a essa monta nos referimos que uma significativa parte das famílias delega os cuidados com os filhos a outros, sejam pessoas ou estabelecimentos que trabalham com crianças. Com a pandemia, com o estar em casa, obrigatório, o olhar paterno e o olhar materno se voltaram para os impúberes, inclusive com obrigações e cuidados que não eram pelos pais sequer interagidos entre si.

Todas as questões que envolvem uma família ficaram evidentes e precisou que seus membros se orientassem e tivessem que enfrentar os percalços que surgiram, desde os relacionamentos afetivos até os ajustes financeiros tiveram que ser realocados.  

Quando esse tempo for passado, quando o olhar tiver direção para o que foi vivido e vivenciado nos lares, provavelmente haverá surpresas boas ou surpresas más.

Para cada pessoa esse afastamento social e consequente vivência em casa com os familiares têm questões tão íntimas que fogem à lógica.

Somos desejosos de que tenham aprendido muito em todos os segmentos que envolvem as relações, o valor pela saúde, os trabalhos voluntários, a percepção de que o Mundo pode mudar de um momento para outro sem que para tanto possamos ter alguma ingerência nos fatos.

Mas o que nos coloca em estado de afetuosidade é perceber que muitas pessoas estão mudando o seu proceder para valorar o Ser, para valorar a vida íntima, a vida familiar, os amigos e distanciando-se do apego material, da ambição exacerbada, estão voltando para onde nunca deveriam ter saído, estão voltando para a sua essência em comunhão com o Divino, e percebendo que estão mais felizes e próximos da Humanidade.

Abraços do amigo, D. D. Home.

Espírito: Daniel Dunglas Home.

Por: Cenira Pereira, em 19-07-2020.

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