Olvidar

 

Quando há conversas sobre o perdão, sobre o gesto de perdoar, naturalmente é deferida a orientação para que esqueçamos os males contra a nós conspurcado. E, aí começa a dificuldade para a sublimação do perdão, porque é deveras difícil apagar da memória, tanto cognitiva como afetiva, aquilo que foi contra nós desferido e, principalmente, que tenha nos levado a dor ou a prejuízos afetivos ou a prejuízos materiais. Como esquecer completamente o que atingiu-nos de algum modo?

Caros amigos leitores há que se ter mais condescendência para as orientações e analisá-las com a percepção de que é impossível que tenhamos reações iguais, quer seja no âmbito material como no âmbito afetivo. As pessoas são diferentes e têm reações em consonância com o seu íntimo, desse modo, o que é passível de tolerância para uns é difícil para outros. Incluamos aqui a intensidade, a sensibilidade que há em cada fato e em cada reação, que para uns pode não ter valor, mas para outros causa dor indizível.

Diante de tamanha complexidade que há nas comunicações e nos relacionamentos não são cabíveis que seja estipulado regras ou parâmetros de comportamento uniforme.

Voltemos ao “perdão”.

Perdoar está implícito em abrangente interlocução entre o íntimo do Ser, com seus valores e suas experiências de vida; como também com a sua relação extrínseca, ou seja, a relação da pessoa como resposta aos estímulos externos de acordo com o seu cabedal cultural, social e econômico.

Quando a vida nos coloca diante de situações que nos vemos impelidos ao gesto do perdão, há manancial de questões intrínsecas que irão coexistir no momento.

Os ensinos, as orientações em prol do perdão são importantes para que os consideremos e, para assim, respaldar a nossa ação e reação diante do que nos instiga ao perdão.

Certamente, cônscios de nossa responsabilidade, é primordial que compassivamente nos posicionemos nesses momentos.  Com calma e autocrítica aguçada é passível que tenhamos controle para nos posicionar de modo coerente e concernente com o cabedal de orientação e apreço das consequências que são por nós assimiladas quando exercemos o livre arbítrio.

Com calma é possível ter-se bons resultados nos momentos de embate.

A cada um de acordo com a sua capacidade de interagir em consonância com os paradigmas do seu proceder.

A beleza da vida é assim, não há uma regra a ser seguida, há sim a percepção do que nos acomete, para que com responsabilidade possamos seguir caminhos de Evolução Espiritual.

Abraços do amigo, D. D. Home.

 

Espírito: Daniel Dunglas Home

Por: Cenira Pereira. Em 02-03-2021

 

 

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