Tudo Passa
É comum esta sentença: “Tudo passa”. Porém, não é comum colocá-la em prática. Nós percebemos que na Terra há ainda o apego inundando os corações e as mentes. Assim fica difícil haver a aceitação de que não somos “donos” ou “detentores” de coisa alguma, aqui além do apego material incluo o apego afetivo, aquele que embora pareça amor não passa de desejo de dominar, de ter a posse da pessoa a quem diz amar.
Esse amor que é posse não faz bem a pessoa que pensa amar e nem a quem é o dito amado, temos esse tipo de sentimento doentio em relações familiares e em relações sociais, há pais que deterioram as relações com seus filhos por os tratarem de modo sufocante, sabotando suas personalidades e não permitindo que tenham liberdade para serem pessoas com personalidade própria, com desejos próprios, enfim… Não permitem que os filhos exerçam a sua autenticidade, não permitem que os filhos despontem com os seus próprios interesses, escolhas, erros e acertos.
A necessidade de posse, de se sentir dono da situação também é comum até em locais onde há cultura que sinaliza como anomalia a prática do apego desmedido. Nesses casos o que ocorre é que a pessoa por não perceber o seu grau de egoísmo em relação ao próximo e as questões materiais, não se julga em situação de apego, e introduz explicações baseadas em lógica própria para camuflar o seu egoísmo e falta de respeito à privacidade do outro.
O apego exagerado é também relativo ao sentimento de ciúme, que é sentimento egoísta e que traz moléstia para as relações.
Quando uma pessoa vislumbra o autoamor coerente com a sua interação no universo que o cerca, pode perceber também se está agindo de modo desconexo de afeto com as pessoas com quem se relaciona, porque o autoamor traz paz e harmonia, já o egocentrismo e a megalomania levam a pessoa a desajustes emocionais, que estão relacionados com sentimentos de fragilidade e insegurança, daí a necessidade de apegar-se a outra pessoa ou apegar-se a bens materiais, ou até mesmo aos dois, inclusive não sabendo sequer distinguir o amor interpessoal do apego material.
Nesses casos os sentimentos são totalmente embotados por anomalias na personalidade, que irão se enraizar em diversos sentimentos, não permitindo que esta pessoa consiga transitar socialmente em lugar nenhum, sem que haja insegurança de cunho psicológico anômalo.
A psique humana tem nuances que solapam as regras e os conceitos teóricos quando está dominada pelo ego-doente, a pessoa irá ver o outro através de um olhar doente, o que irá impedi-la de ter relações prazerosas, porque ela irá de algum modo agir em função de sua anomalia emocional, o que poderá gerar o afastamento dos seus companheiros de caminhada, e até mesmo o levar a embates de difícil harmonização.
Quando houver atenção voltada para as emoções que a fazem bem, a pessoa muito provavelmente irá perceber que o seu comportamento não é base saudável para relacionamentos.
Tudo passa… Há nesta sentença sabedoria secular. Quando temos introjetado em nossos conceitos tal saber, iremos perceber que o apego só nos traz dissabores. Quando vislumbramos a liberdade em nosso coração e em nossa mente há uma rejeição ao desejo de domínio e de posse exacerbada. Ficamos com o coração em estado de desconforto e percebemos que a nossa mente está bloqueada, não vislumbrando o infinito, mas sim condições de abafamento de emoções e de ideias, percebemos a falta de alegria e de vibrar com o que nos acomete. Tem-se nesses casos um distanciamento, o Eu do Ser Sublime que somos, e passamos a ser mensurados por diagnósticos de posse e poder, levando a pessoa à insatisfação da sua essência, que está sendo sufocada pelo material em prol do essencial.
Tudo passa, porém fica a emoção, o carinho, o desejo de amar, o sentimento de gratidão, a sensação de Paz e harmonia, enfim… Fica tudo o que é belo e puro da Eternidade de Luz. Isso que fica é liberdade, é transcendental, é amor em ação.
Assim queridos amigos leitores, o que fica é o que não é apego, mas sim liberdade, afeto, carinho, infinitude de emoções benfazejas em prol de uma vida feliz.
Vamos ser livres, libertos…
Vamos amar, amar, amar e nada mais!!!
Abraços do amigo, D. D. Home e amigos que unidos em prol do amor fazemos parte da Egrégora da CPPIO.
Espíritos: Daniel Dunglas Home e Amigos que unidos em prol do amor fazemos parte da Egrégora da Casa de Padre Pio.
Médium: Cenira Pereira, 02-09-2019.
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